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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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Insensato dia em que quiseram pontuar um texto.
E o ponto tornou-se tudo.
Tudo limitou-se a um mero ponto.
E pronto.
Tarde demais.
Ponto de calibre 39.
Imensidão vermelha.

Derradeiras lástimas de um suicida arrependido.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pintura social.


- Capitalismo nefasto esse! - já dizia seu avô - O mundo, meu filho, para os pobres é uma provação.

E como. Crescera ouvindo essa frase, não da boca de seu falecido avô, mas da boca daquele que lhe deu e dá a vida todos os dias, trabalhando arduamente, para que água, comida e lar não lhe falte. Viu o tempo passar, a árvore de Natal ser enfeitada a cada dezembro. O que nunca viu foi presente embaixo dela. A cada 25 de dezembro, porém, recebia uma lição de seu sábio pai e presente melhor, não haveria. Não, seu pai não podia comprar o videogame mais moderno (nem o mais remoto) ou o computador tão sonhado, tampouco roupa nova a cada Natal. Nem precisaria, pois ensinara que todos os dias devíamos acordar encobertos pelo manto da humildade e da perseverança e isso sim bastava.

-Vê, filho. Hoje tenho um novo presente pra ti. - disse uma vez - Não posso te dar o que merece, meu dinheiro não compra, nem o dos ricos compraria. Hoje te dou esse bloco de folhas e te desejo o sonhar. Saiba: tudo no mundo você pode ter, basta desenhar. Pois o mundo está aqui óh, nas suas mãos. - e ,apertando forte a mão de seu filho, não conteve as lágrimas.

E se o mundo estava mesmo em suas mãos, o menino sentiu-se revigorado e, dali em diante, não parou de desenhar. Os traços infantis, foi deixando de lado. Hoje o jovem de outrora tem destreza singular, abusa de pinceladas livres e expressivas, encontrou o seu lugar. Se pobre não paga para sentir, por que pagaria para pintar?



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Caça-palavras


Fantástica arte essa!
Jogam-se as palavras,
Eles jogam as palavras, elas em vão. Eles se vão.
Abri cartas para mim endereçadas erradas.
Abri erradas cartas que para mim foram endereçadas - cartas sem nenhuma alusão, iludiram tantas então.
Enviei um breve: Partirei.
Quando, no fundo, dizia: Partida estarei.
Doce ambiguidade...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Lira de uns poucos anos.

Nada como uma música a cantar palavras doces em teus ouvidos.Olhos a vislumbrar o que é terreno, mas tão celeste, menina.Dedilhas notas angelicais como se pudesse tocar o céu.
E se te perguntam qual é o segredo, sorri torto, suspira e diz:
-É que todo dia eu me embriago de lirismo...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Ando por onde não anda ninguém.

Ando por onde não anda ninguém.
Aqui polícia não passa.
Água é salobra, luz é escassa.
Moro onde governante não vem.




sábado, 11 de dezembro de 2010

Tão meu.




Sempre prometi não falar muito em amor, mas nesses dias tem sido tão inevitável. Passemos a página (ou tentemos).

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Hoje meu grito não ecoa.
Não ecoa e me sinto livre até.
Hoje meu grito não ecoa.
Não ecoa e me faz ser quem sou, não o que querem que eu seja.
Hoje meu grito não ecoa.
Não ecoa e posso ouvir o que quero, vestir o que curto e não ligar para aparências.
Hoje meu grito não ecoa.
Não ecoa e sou tudo, menos alienação.
Hoje meu grito não ecoa.
Não ecoa e ,por incrível que pareça, nunca tive tanta voz.

Que a singularidade seja mantida em tempos de reprodução.



Le rêve

- E se eu aparecer, virás me ver?
- Certamente. E mesmo que de longe, saibas: contente estarei.
- E como saberei te ver?
- Se em uma janela houver alguém, serei eu.
E assim aconteceu.
Uma sombra se alumiou, um sorriso no rosto tristonho brotou.

Quando a porta se fecha, janelas se abrem.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Let the seasons begin - it rolls right on.


Tratava-se de um Copo de Leite, agora já se sabia. Tarde demais - o doce da flor se fora. Primavera de "vera" pouco têm. Muito desdém trouxe o outono e quão obscuro ele vem... Merecimento? Certamente. A beleza da flor levava ao encantamento inevitável, mas por trás de todo encanto há veneno. Deixar transparecer? Jamais, dissimular lhe caía bem. Não fazia por mal, entendam. O jardineiro bem o sabia que ela gostava mesmo era dessa cobiça, da sede que só um Copo de Leite sacia. Então jogava, iludia, sem saber que a sede era tão somente sua. Sede essa de carinho, de afeto, de um olhar sincero - sinceridade que poucos têm. A flor, enfim, sabia: não queria muitos a lhe admirar, queria tão somente um olhar que nela se fixasse - sem um porquê, nem pra que desviar.

sábado, 23 de outubro de 2010

Rascunho.



O coração que sente
Bombeia displicentes sentimentos nunca em vão.
E se é duro dar perdão a quem pouco merece, o coração se entristece,
Existiria então compaixão?

A sístole diástole se fez para mostrar o quão flexível somos nós.
E se diante do rancor, houver amor, tudo se regenera
E a dor de outrora renasce em uma nova aquarela.

Pinto o sete, faço preces só para te perdoar e esboçar a amizade que você
Fez questão de borrar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Happy end

Beija-flor que trouxe meu amor, pode voar, mas não vá embora.
Não te peço um final feliz,
sou feliz agora.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Parte IV

'Há tempos nem os santos tem ao certo a medida da maldade. E há tempos são os jovens que adoecem e há tempos o encanto está ausente e a ferrugem nos sorrisos'. Será? E como descrever tamanho sorriso da menina? Era noite de lua cheia e ela tinha a lua em seu olhar. A noite fez-se dia e o crepúsculo tornou a atmosfera mais mágica ainda, se é que era possível. Idílio melhor não existiria, cenário perfeito para se viver poesia.
'Que o vento perdure, mas não me leve ao teu esquecimento.
Se a brisa suave for, lembra da tua flor.
E posto que verdadeiro, sinta meu olor.
Se a pena agora é candura, te convido a flutuar
Entre superlativos, sujeitos, objetos antes inatingíveis.
Minha prosa agora é poética, são tantos devaneios a te esperar.
Deixemos os pontos de lado, falemos em vírgulas...'
O início é sempre tão melhor que o fim. A menina só queria viver cada dia como um recomeço, ser conquistada a cada raiar do sol, contemplar estrelas com o pensamento bem distante de qualquer galáxia. Não pertencia a esse mundo, transpunha a brevidade da Via Láctea. Não gostava de esperas, cabia ao sapo realizar a entrega e o ciclo recomeçava. Cartas seriam escritas por tolos mortais que sonhavam em amar.

É preciso amar..

Para Doxo amar era sublime,
Mas como gostar de alguém?
O sonhador tinha medo de sonhar.
Planos eram em vão,
Sem dela o coração.
Doxo podia amar sem medidas,
Chorar a cada despedida,
Dantes secreto que não correspondido.
E se sofria de amor calado,
Era porque esquecia que paradoxal
É amar outrem sem amar a si.
Doxo só não via o que ininteligível lhe parecia.
Seu coração era enorme e seu caráter uma pedra preciosa.
Tão preciosa que só para a amada, Doxo daria.


para- Matheus Sampaio.
Em 11.10.10 às 3:15 a.m

domingo, 10 de outubro de 2010

Do you wanna play?

Surpresas são deliciosas de saborear, certezas foram feitas para o encanto exterminar. O sapo volta, deixa papéis de lado e traz consigo a pureza da flor. Os espinhos que feriam foram arrancados, a recusa transformou-se em aceitação - o não se fez sim, então. A flor tinha a leveza de uma libélula e, nas mãos do príncipe, parecia flutuar. Seria ali o seu lugar? Foi aí que ela disse de forma singela:

'Na imensidão do jardim, muitas flores encontraste,
Por que então foi comigo que sonhaste?
O frescor do campo anuncia, chegará a primavera.
Todas florescerão, não serei a única delas.
O jardineiro que cativa sem desdém, ornamenta como ninguém
Um campo inteiro.
A coletividade me desagrada. Que seja egoísmo querer ser a única almejada'.
O pequeno príncipe nada disse, restou-lhe a instrospecção. A flor foi desaparecendo gradativamente... estaria murchando? Abruptamente o príncipe acorda. Seria aquele um sonho bom ou um pesadelo? O encontro se fez real, seria aquela flor a ideal?
'Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã Filosofia' - disse a fada madrinha - A história se inverte e vim aqui para um príncipe ajudar. O impossível é realmente questão de opinião. E esse é só o início de um jogo de palavras - que essas não sejam em vão.
-
Resposta ao post do blog divulgado anteriormente.

sábado, 2 de outubro de 2010

Sem(étrica)

Em uma tentativa tola quis ter uma vida equilibrada e simétrica e acabou tornando a poesia sem métrica.
Deixe o poeta amar até a última lágrima, o palhaço sorrir até chorar, a criança pular até cair.
Deixe Nero incendiar, deixe a chama subir e te consumir.
Não, não pare por medo de ir.
E quando enfim o caminho descobrir, dane-se tudo.
Viva rimas e versos brancos.
A vida tem lá seus encantos...

sábado, 12 de junho de 2010

É que um carinho às vezes cai bem.

Eu poderia falar que hoje é um dia lindo, que o amor está no ar e coisas do gênero. Poderia também falar que recebi um lindo buquê de rosas vermelhas, um ursinho de pelúcia ou apenas um beijo apaixonado e uma flor - que pela sinceridade e iniciativa - valeram mais que tudo aquilo que o dinheiro pode comprar. Mas eu estaria sendo no mínimo mentirosa ou estaria iludida e desacordada sonhando. Afinal, nunca passei um dia dos namorados se quer namorando. Mas.. e quem liga pra presentes? Acho que na cabeça da maioria dos solteiros o que se passa é: quando vou achar alguém que consiga me fazer agir bobamente e ao mesmo tempo que eu goste de ficar assim? Vai demorar muito ainda para meu happy ending? Muitos são os que dizem: o dia é dos namorados, mas a noite é dos solteiros. Mas quem não trocaria a noite livre pelo dia apaixonado? Eu certamente o faria. Pena que a vida não seja um conto de fadas e hoje eu digo: oie, odeio o dia dos namorados e isso basta. Não creio que sejamos incompletos, mas é que um carinho às vezes cai bem e tenho dito...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sweet sixteen [?]

Ela nunca acreditou que idade fosse sinônimo de maturidade. Mas sim experiência de vida. Aquilo que você é é fruto do que viveu, sempre dizia. E agora acreditava mais ainda nisso. Sentia-se mais madura, mais séria, talvez. E orgulhosa escreveu numa folha de seu caderno o que só agora entendeu: na vida se tem muitos colegas e poucos amigos. Levou dezesseis anos para sentir isso na pele. Sim, acordara da ilusão de amigos perfeitos e acostumara-se a enxergar uma sociedade individualista e corrompida. Que bom, você cresceu. Bem-vinda ao mundo de hipócritas e monstros. Bem-vinda ao mundo humano. Valorize os sem veneno nesse ninho de cobras e serpentes. E naqueles que encontrar valores e consideração, chame-os amigos. Aos outros, trate com educação, isso basta. Um conselho? Cuidado para que o veneno não o atinja. Cerque-se daqueles que te fazem bem e que em um olhar te entendem, com uma palavra ou sorriso te animam.

sábado, 22 de maio de 2010

Come back. ;D

Ah, cara. Deu vontade de voltar pro meu blog lindo e mal escrito. E agora a regra é clara: escrever sobre tudo, menos romances. Sempre achei clichê e todo mundo escreve sobre isso.. algo mega adolescente e comum. (SIM) É lindo, mas comum. Vou evitar ao máximo isso por aqui. E é isso aí, hey ho let's go, candy hu! HIHI ;*