O homem é o lobo do próprio homem.
A lua cheia assim o tornou.
Bom quando homem, mau quando lobo. Será?
Instaurou-se o temor.
Pobre Chapeuzinho, pobres Porquinhos, encontraram o bicho uivante pelo caminho.
Pobre mesmo é de mim, ter de conviver com a selvageria humana que, pensante, se traduz em holocausto e extinção.
Mundo, mundo, vasto mundo, se nos chamassem lobos, seria a glória, não a destruição.
Mundo, mundo, vasto mundo, a lua cheia é redenção.
domingo, 21 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Borbulha
Minha pele já não muda mais.
Não vivo, rastejo.
Meu rosto borbulha incredulidade e decepção.
Quem se disse amigo já se foi.
Onde estão os de outrora?
Não os machuco ou acuso.
Cresço.
Ejaculo o veneno dos meus dias na minha poesia.
Marcas eternas de amargo sabor.
Não vivo, rastejo.
Meu rosto borbulha incredulidade e decepção.
Quem se disse amigo já se foi.
Onde estão os de outrora?
Não os machuco ou acuso.
Cresço.
Ejaculo o veneno dos meus dias na minha poesia.
Marcas eternas de amargo sabor.
sábado, 13 de agosto de 2011
Batalhão
O sinal vermelho acendeu, ninguém parou.
A placa de Pare virou pichação, escreveram "Não Pare, viva a destruição! "
A polícia viu, não prendeu, nada fez, ficou por fazer.
(Como sempre se faz)
A conta ficou pro povo que trabalha o ano todo e sofre o bote do Leão.
A tal mais valia de que te valia senão mais exploração?
São tantos ordinários a marchar...
Os soldados do colarinho branco não temem nem o juiz, pois alguém os diz:
"O martelo martela por quem dá mais."
O batalhão está em sentido, o que não faz sentido é esperar para ver onde tudo irá chegar.
Virei comandante, a fim de gritar no meu instante: FORA DE FORMA, HÃO DE MARCHAR.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Ponto Ação
? Tudo começou com uma pergunta e o mundo foi sendo construído.
! Houve quem exclamasse,
. Quem apontasse,
... Quem continuasse.
Eu assisto de longe e faço parte.
Sou criatura, criação, escritor,
Ator e público de um
Instante que persiste
n
s
i
s
t
em não ter f i m.
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