Novo blog. Esse, muito provavelmente, vá ser abandonado.
Todos convidados para "Ópera marionete: o murmúrio do ventríloquo"
Porque o povo precisa de corpo, voz e grito.
Endereço: http://operamarionete.blogspot.com.br/
Abraços.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Via crucis
"Acelerando em uma pista de curvas.
Sem freio, sem documento, sem direção.
O vento nos cabelos que emolduram o tumulto,
Em uma mente que, a 160 por hora, tenta traçar solução.
O rosto corado, a fúria invadindo as entranhas, fervendo, Vesúvio em chamas.
Desde criança, a pressa em viver.
Destemido, se apressa.
Vem de pressa.
Vira fatalmente. Sai pela tangente.
Encruzilha em 2006.
* 1973 † 2006 "
Sem freio, sem documento, sem direção.
O vento nos cabelos que emolduram o tumulto,
Em uma mente que, a 160 por hora, tenta traçar solução.
O rosto corado, a fúria invadindo as entranhas, fervendo, Vesúvio em chamas.
Desde criança, a pressa em viver.
Destemido, se apressa.
Vem de pressa.
Vira fatalmente. Sai pela tangente.
Encruzilha em 2006.
* 1973 † 2006 "
Dizia o livro da missa de sétimo dia de Nazareno.
Contestação
Eu poderia escrever belas rimas,
Repletas de lirismo e erudição.
Mas não!
Deixo isso aos literatos.
Verso palavras soltas, movimento.
Meus míopes olhos denunciam o caos.
Contesto ação.
Repletas de lirismo e erudição.
Mas não!
Deixo isso aos literatos.
Verso palavras soltas, movimento.
Meus míopes olhos denunciam o caos.
Contesto ação.
domingo, 16 de setembro de 2012
Carta aos mensaleiros
Independência que salta aos olhos
Em tons lusos, em tons verde-amarelos,
Em explosão de cores.
Salve Orleans, salve Bragança,
Salves e odes à corte e à sua pompa,
Salve-se quem puder.
Ouviram do Paranoá as margens plácidas
De um povo heroico o brado reivindicante,
Ninaram eternamente em berço esplêndido
Os corruptos, salafrários, os repugnantes.
Mensaleiros de um país continental
Proliferando miséria, perda total
Pelos 26 estados da terra,
Reunindo a corja no Distrito Federal.
Dos filhos deste solo sejais mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
7 de setembro de 2012,
Ingrid Martins.
Em tons lusos, em tons verde-amarelos,
Em explosão de cores.
Salve Orleans, salve Bragança,
Salves e odes à corte e à sua pompa,
Salve-se quem puder.
Ouviram do Paranoá as margens plácidas
De um povo heroico o brado reivindicante,
Ninaram eternamente em berço esplêndido
Os corruptos, salafrários, os repugnantes.
Mensaleiros de um país continental
Proliferando miséria, perda total
Pelos 26 estados da terra,
Reunindo a corja no Distrito Federal.
Dos filhos deste solo sejais mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
7 de setembro de 2012,
Ingrid Martins.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
A gente se vê no ar
Ventava, a menina de vestes coloridas dirigia
um possante avermelhado, um fusca anos 50 com placas de um outro mundo. De onde
vinha? Para onde iria? Não sei... Ela passava, ela paz dava, ela pairava no ar.
Ventava, o sol tornava as cores e os motivos ainda mais vibrantes. Sorrateiro, o
vento roubava as flores amarelas do ipê que o enamorado pretendia enviar, em fotos,
para alguém, teoricamente, distante. Retórica dos namorados, nem o Bruxo do
Cosme Velho descreveria o que eram para o rapaz aqueles olhos, sutilmente,
apertados. Ah, se ela estivesse aqui. O aconchego nos braços, o olor da saudade
insaciável, parcialmente, saciar-se-ia.
Eis que o amarelo convida o vermelho a
parar, convida o colorido a estacionar e a descer, a contemplar. Fitam-se
incrédulos. Tempo infinito e breve, encontro e desencontro, perplexidade.
Haviam plantado singelas sementes de um sentimento verdadeiro, elas floresceram
em belos campos de ipês, daqueles amarelos, com os quais Rubem Alves sonhara.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Ponte aérea
Voar, voar, subir, subir,
"pai, por que ainda não chegou?"
Zumbir o ouvido, perder os sentidos, chorar de dor.
Saudades de mãe, afagos de pai,
Perder-se no branco que o azul deixou.
Descer até o céu cair,
Restar terra onde o azul findou.
Pisar ao chão, cheirar o lar,
Macias palavras de mãe ao ouvido tocar.
Ah, a infância, a família, a lembrança, a distância que da Paraíba já estou...
Paraíba, pera ainda, pára o tempo, para eu (vi)ver meu amor!
Disparo contra o sol, sou forte (não por acaso), sou nostalgia e não me contento com um tempo que, tinhoso, não parou, não pára não, não pára lá...
"pai, por que ainda não chegou?"
Saudades de mãe, afagos de pai,
Perder-se no branco que o azul deixou.
Descer até o céu cair,
Restar terra onde o azul findou.
Pisar ao chão, cheirar o lar,
Macias palavras de mãe ao ouvido tocar.
Ah, a infância, a família, a lembrança, a distância que da Paraíba já estou...
Paraíba, pera ainda, pára o tempo, para eu (vi)ver meu amor!
Disparo contra o sol, sou forte (não por acaso), sou nostalgia e não me contento com um tempo que, tinhoso, não parou, não pára não, não pára lá...
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Tic tac
Tic tac tic tac tic tá aqui.
Seis horas.
Vibra.
É você.
Seis horas.
Meia hora,
Muitas horas sem te ter.
Seis e meia.
Meia conversa,
Adeus.
Metade de mim receia, metade anseia por te conhecer.
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