Faça tuas orações a outro Deus,
Peça misericórdia a outro simbiótico Pai dos Pobres e Mãe dos Ricos,
O Estado sou eu.
Não é o Diabo, meus caros, o único, agora, a vestir Prada.
Anjos vestem mantos de grife carregados de soberba,
como se a tudo previssem, mas, da nuvem mais alta,
sob salto escarlate, a onisciente sou eu.
O que é de Madalena não se divide, se vende.
Sublevo-me a rainha. Quem, no leilão da morada celeste, ficou na
frente fui eu. Quito, vendo e alugo infindáveis terrenos,
onde não há intenso tráfego ou favelização.
A minha fé é o profano.
O meu Deus é o Capital.
O seu, o Perdão.
E há quem tenha comemorado o fim da Idade das Trevas,
Doce ilusão...
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